sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

2011.

Parece que a gente vai ficando mais velho e mais forte de carater, no entanto ficamos mais fracos nos sentimentos. Olhando as ultimas postagens percebo o tempo que nao publico nada de feliz, nenhuma coisa que eu tenha feito que efetivamente tenha me deixado satisfeito.

Nao que nada de bom tivesse acontecido. Aconteceu. Fui aos shows que gosto. Trabalhei muito.

Mas o esforço criativo para colocar a felicidade pra fora, o direcionamento da energia gasta e perdida na tentativa de ser feliz, de fazer alguem feliz reflete numa postagem de 2011! Sim, a ultima postagem onde percebi uma felicidade sincera e honesta em mim mesmo, sem medos, sem receios, com a mesma entrega que eu sempre me entreguei a pessoa que esta comigo.

2011.

Que triste.

Pensando bem, recolho apenas expectativas frustradas de ser feliz.

2011!!!

Negativas... negativas... inspiraçao para escrever meus textos e poesias, perdidas pelo sacrificio de ser feliz. Honestamente ser feliz, de amar e ser amado.

Meu Deus... 2011... o ultimo resquicio de felicidade plena que dei sinal. No mais, tudo parecem flashes... momentos alegres, mas nunca uma felicidade constante.

Realmente, nao sei quantos cigarros ja fumei, quantas vezes mencionei que estou esperando, utilizei metaforas, tentei, terminei, voltei, aceitei, acreditei, terminei, voltei, me enganei, virei piada pra mim mesmo.

Aquela energia de viver e ser feliz foi consumida num amor desacreditado em que se acreditava que eh melhor nao ter do que perder.

Que amor eh esse que nao existe entrega, que nao existe retribuiçao.
Que amor eh esse que nao existe, mas que nao desiste?

2011... meu Deus... eh tempo demais...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Onde Foi Parar o Romantismo?

Há alguns dias foi comemorado o tão famigerado "Dia dos Namorados" e sempre é recorrente para mim o texto que escrevi há alguns anos sobre passar esta data solteiro, mas o foco hoje é outro completamente diferente.

Sou eu ou são as pessoas? Onde foi parar o romantismo que não vemos mais por aqui?

Afinal, Dia dos Namorados mesmo que tenha sido uma data criada pelo comércio para aquecer as vendas num período morno e etc e tal (todo mundo conhece a ladainha), é uma data temática, propícia para aquecer os corações daqueles que se amam, ou que pelo menos dizem que. Tá, tá... tudo bem caiu numa terça-feira, mas e daí? É dia de tomar um banho caprichado, se arrumar bem melhor que num sábado qualquer, caprichar no visual e nas intenções, colocar aquela cueca boxer branca que ela tanto gosta e ela vestir sua lingerie mais sexy. Ou não usar nada por baixo da roupa... É sair para jantar juntos ou criar um ambiente propício à troca de sensações, que alerte todos os sentidos, o cheiro daquilo que se come, o paladar de um vinho suave, iluminação baixa, velas na mesa, o aroma de um incenso exótico...

O complicado é que tudo hoje se confunde com sexo, com segundas intenções, e o romantismo não é o sexo pelo sexo. O romantismo exacerba o amor, que enebriado pelas sensações ambientes se transforma em contato, em pele, em respiração ofegante, em carinhos e beijos intensos. É a celebração daquilo que é realmente importante, ou seja, é o sexo pelo amor, a consumação carnal do amor, com uma pegada diferente, o cume da cumplicidade e da entrega. É o amor inteiro, é a intimidade do casal tomando frente nas sensações, sem medo, sem pudor. Para aquela pessoa que diz que nos ama, ou que nós amamos, nada mais perfeito que uma noite a dois, uma música de fundo bem lounge, criar o clima ideal.

Romantismo não é algo que se mate por, mas é algo que deveríamos morrer na ausência, pois não há relação que dure sem romantismo, sem entrega e sem cumplicidade.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu e ele.

Quando nos encontramos pela primeira vez foi mágico, e estranho. E inesperado. Nós não nos conhecíamos, nunca tínhamos visto um ao outro antes. Começou muito rápido... Suas mãos deslizavam nas minhas formas ainda meio tenso, sem jeito e fomos nos conhecendo melhor, nos aproximando cada vez mais, ficando mais íntimos. Ele conhecia cada detalhe de mim, cada volta, até mesmo minhas variações mais intensas... sabe aquela hora onde está tudo indo muito bem e depois vem uma reviravolta, quase uma revolta?
Então...mas nada disso abalou nossa relação, éramos sempre como um só...estávamos sempre juntos e nos sentíamos os melhores. Se não tiver emoção, uma mudança, um ajuste, um improviso, coisa de momento, a relação fica sem tempero. Eu sei no meu íntimo que houveram outras antes de mim, e que certamente haverão outras. Mas enquanto estivermos juntos, enquanto ele me tocar, sei que serei sempre a única. Aquela que fez alguma diferença, que aprendeu e ensinou o que podia pra ele.
À medida que nos aproximávamos mais, chegou o dia dele me apresentar a seus amigos. A aprovação dos companheiros, dos irmãos é sempre muito importante. Imagina se eles não gostam de mim? Qual terá sido o meu valor? Toda a dedicação, nossa aproximação... nossa intimidade naqueles momentos onde ele achava que eu não iria a lugar nenhum com ele... Teria sido em vão. Teria?
Mas seus amigos gostaram de mim! E adorei conhecer todos eles! Passamos a sair todos juntos, sempre nos encontrávamos, íamos a lugares juntos e era aquela festa! Por eu ser a mais nova entre eles, todos se divertiam quando me conheciam... Certo que nas primeiras vezes o público reagia com estranheza quando me ouvia, afinal, muita gente tem medo do novo...acha que não vai dar certo, que ele estava tomando direções erradas... Afinal, ele já tinha anos de estrada e eu estava só começando nessa vida. Mas eu não tinha medo. Estava ali com ele... com aquele toque e aquela pegada que só ele sabia ter, como me tocar nos momentos certos, mesmo sabendo que algumas vezes eu poderia oscilar, mudar...e ele já sabia onde eu ia mudar. E como cuidar de mim pra que não houvesse nenhum problema entre a gente, e também com sua banda.
O mundo tinha que saber que eu existia, e para tanto, ele moldou nossa relação. Deixando seu toque cada vez mais perfeito. Nossa estrutura inabalável. E principalmente por minhas palavras serem sempre as suas. Minhas ações eram um reflexo do seu pensamento mais profundo. Eu o conhecia por inteiro...sabia o que ele queria e o que ele pensava. Do mesmo jeito que todas as outras que vieram antes de mim. Mas nunca me importei, sempre soube do meu lugar e da minha importância. E, depois de tanto tempo nos conhecendo, era a hora de oficializar nossa relação. E como de costume, seus amigos, agora meus irmãos que já sabiam como lidar comigo, também estavam lá.
Eu tremia de medo... Será que é mesmo a hora? Estou realmente pronta pra isso? Cheia de
incertezas na minha cabecinha... Lembrando de todos os nossos momentos juntos... Como quando ele me tocou a primeira vez, senti como se eu estivesse nua, crua, ainda imatura por vezes. Mas agora, eu já havia me tornado adulta, cada vez mais produzida...ele sempre pensando nos mínimos detalhes...aqueles pequenos detalhes que sempre fazem a diferença.
Eis que entramos em estúdio. A banda toda, ele e seus amigos, me gravaram. Com afinco, dedicação por horas a fio. Trabalhando em mim, me deixando cada vez melhor. E algumas semanas depois eu já estava pronta para ser apresentada ao mundo todo. O lançamento do CD foi um sucesso! Todos queriam me ouvir...e eu sabia que era especial pra eles, pra mim, para seus fãs. Quando me encontrei naquele lugar, percebi que eu não era mais a primeira...haviam umas cinco ou seis antes de mim.
Quando eles saíram em turnê percebi qual era realmente meu lugar.
Quando eles gravaram um álbum duplo e ao vivo minha ficha caiu.
Eu era apenas mais uma. Um lado B melhorado. Fui apenas mais uma que nunca mais foi tocada do mesmo jeito quando nos conhecemos.
Sinto tanta falta daquelas mãos em mim, num quarto escuro madrugada adentro... me acariciando as formas, lapidando nota a nota... Sinto tanta falta de quando éramos só nós dois e seu violão.
Dedicada a todas as boas músicas gravadas, mas nunca tocadas ou lançadas num CD ao vivo.
 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Espera.

Eu já nem sei
Quantos cigarros fumei
Quantos minutos eu contei

Até o telefone tocar.
Mas ele não toca.

E eu espero.
Como em toda minha vida.
Eu espero.
Há esperança, em meu coração...
Eu quero. Amor. Mais...

Eu quero.
Apagar o cigarro.
Esquecer da hora
Desligar o telefone

E quando eu olhar para o lado
Ali estará você.
Sem receio ou temor.
Ali estará aquela
Que hoje chamo de Amor.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cultura - Quem Sabe?

POSTAGEM EDITADA EM 05/05/2011

Me lembrei de uma frase que ouvi de uma pessoa há algum tempo. Não sei exatamente as palavras usadas, mas a mensagem era simples. Algo como: você não vai ter cultura pra conversar comigo se parar de estudar.

Quando me pego escrevendo no blog, para a revista que publico uma coluna, preparando aulas do curso que venho lecionando nos últimos meses, pesquisando ferramentas de trabalho... penso: "é..me formei e realmente eu emburreci." Não me lembro da minha cara quando ouvi o que ouvi, pois não pude ver minha expressão. Mas foi a gota d'água.

Não sou o melhor e nem o mais inteligente, e nem quero. Só quero ser reconhecido pela minha pessoa, pelo meu trabalho e por fazer todos que estão à minha volta felizes. Não pelo que sei, pelo que fui, por onde andei e nem com quem. Só quero que tudo dê certo... Para quem vive comigo.

Não sei o que levou àquela conversa antiga. Mas foi uma conversa dura e então desanimadora. Como gosto de pensar, tudo que é difícil, que parece ruim eu transformo em desafio. Talvez pra provar que a pessoa está errada e que eu posso ser cada vez melhor, crescer e aprender.

Mas sei o que me fez lembrar desse assunto. Uma conversa no caminho inverso. Sou adepto da filosofia de que a inteligência é um afrodisíaco, e que pessoas desafiadoras, críticas, sinceras e que não têm medo de dizer o que pensam ou sentem me incentivam a debater, a conversar e a explorar coisas que desconheço. E principalmente, coisas que eu posso não gostar. Anuência em excesso sim, isso emburrece uma pessoa.

Hoje eu sei que tenho todo esse poder de conversação numa única pessoa. E com um tempero especial: o fato dessa pessoa ser a minha namorada. Descobri que pra se amar não é preciso sermos iguais, termos grandes afinidades. É preciso se completar. É preciso balancear. E sorrir naturalmente, não por conivência. Ou por conveniência. Numa das passagens do texto que escrevi para o curta-metragem "Pra Eu Não Me Perder", levantei uma questão que hoje se provou real (e oposta ao que eu acreditava): "Devo acreditar nas almas gêmeas ou que os opostos se atraem?".
Os opostos se atraem, depois de muito tempo, até que sejam colocados próximos um ao outro. Não me importo se a Eliane gosta de pagode ou prefere filmes dublados e eu não. Tudo diferente respira o novo, tudo que é novo inspira o sentimento, e todo sentimento que é diferente amadurece e aproxima nossos mundos, que, por serem diferentes, acabam se complementando e fazendo da nossa vida, um lugarzinho melhor, com tudo que pudermos imaginar. E um sentimento intenso.

E a cultura? Como diz um canal de TV famoso: "A gente vê por aqui'.
E assim, eu desligo a TV, desligada do mundo.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Sensações

Constantemente falo sobre amadurecimento, crescimento aqui no blog. Hoje eu me lembrei de uma música que foi crucial num momento muito importante da minha vida, creio que há mais de cinco anos atrás.

Sei que foi um período de uma mudança drástica a que me propus: de ir embora para Maringá, no Paraná, tentar minha vida como representante comercial... Que não durou nem um mês. De repente, eu seria responsável por mim, por uma casa, e talvez por uma segunda pessoa. Mas eu não era maduro o suficiente e nem tinha estrutura psicológica pra aguentar o tranco.

Resultado, de volta pra casa.

Hoje a história é outra, dei tantas guinadas na minha vida, sem contar o sem número de pessoas que trabalhei, conheci e vivi e as quais só tenho a agradecer pelo aprendizado. Hoje se a história é outra, seja com bons exemplos ou com exemplos de "o quê não fazer", aprendi o suficiente... e a música, melodia impecável, mas a letra é uma transição, um jovem amadurecendo e conversando com seu velho pai.

E como eu chorei quando vi o clipe, com a letra traduzida da primeira vez...

De Cat Stevens, Father & Son. Linda.

Letra original, letra traduzida e clipe em seguida.


Father And Son

It's not time to make a change
Just relax, take it easy
You're still young, that's your fault
There's so much you have to know
Find a girl, settle down
If you want, you can marry
Look at me, I am old
But I'm happy

I was once like you are now
And I know that it's not easy
To be calm when you've found
Something going on
But take your time, think a lot
I think of everything you've got
For you will still be here tomorrow
But your dreams may not

How can I try to explain
When I do he turns away again
And it's always been the same
Same old story
From the moment I could talk
I was ordered to listen
Now there's a way and I know
That I have to go away
I know I have to go

It's not time to make a change
Just sit down and take it slowly
You're still young that's your fault
There's so much you have to go through
Find a girl, settle down
If you want, you can marry
Look at me, I am old
But I'm happy

All the times that I've cried
Keeping all the things I knew inside
And it's hard, but it's harder
To ignore it
If they were right I'd agree
But it's them they know, not me
Now there's a way and I know
That i have to go away
I know I have to go

Pai e Filho

Não é tempo de mudar,
apenas relaxe, vá com calma
Você ainda é jovem, esse é seu problema,
há muita coisa que você tem que saber.
Encontre uma garota, se afirme,
se você quiser, pode casar
Olhe pra mim, estou velho,
mas sou feliz.

Eu já fui como você é agora,
e eu sei que não é fácil
ficar calmo quando você
percebeu algo acontecendo.
Mas vá com calma, pense muito (por quê?),
pense que tudo o que você já conseguiu
para você vai estar aqui amanhã,
mas seus sonhos talvez não.

Como eu poderia tentar explicar,
quando o faço ele ignora
É sempre a mesma coisa,
a mesma velha história.
No momento em que eu pude falar,
fui obrigado a ouvir.
Agora há um caminho, e eu sei
que eu tenho que ir embora,
eu sei que tenho que ir.

Não é tempo de mudar,
apenas sente-se, vá devagar,
você continua jovem, esse é o seu problema,
há muita coisa ainda que você tem que enfrentar.
Encontre uma garota, se afirme,
se quiser, você pode casar,
olhe pra mim, eu estou velho,
mas sou feliz.

Todas as vezes que eu chorei
Mantendo todas as coisas que eu sabia dentro
E é difícil, mas é mais difícil
Ignorá-la
Se eles estivessem certos, eu concordaria
Mas são eles que sabem, não sou eu
Agora há uma maneira
e eu sei Que eu tenho que ir embora
Eu sei que tenho que ir

terça-feira, 22 de março de 2011

A Felicidade dos Contos?

Você acredita em conto de fadas?
Eu acredito em mim e em você!
De conversar sem perguntar "por quê?"
E no final do dia com as pernas cansadas.


Não acredito na beleza dos contos.
E sim nas novidades do dia a dia
Com um dedo no queixo, um botão escrito "sorria!"
Histórias bonitinhas são para os tontos!


Nós somos os loucos
Amantes perfeitos como poucos
Nos tombos, fingimos não doer.
Fortes, não deixamos o sentimento morrer.


Nós somos a minoria
Perfeitos como poucos amantes
Que caem e não conseguem levantar.
Nós caímos, pra aprender juntos a voar.


abração
aureliomasr